A COP30 começou em Belém — e, enquanto líderes debatem o futuro do planeta, a manchete virou os preços dos salgadinhos. Pois é: o alarme soa mais alto para o que deveria estar no centro.
Durante o evento, emergem fatos que mudam o cenário:
- Mais de 60 mil delegados de quase todos os países do mundo estão presentes em Belém.
- André Corrêa do Lago, presidente da COP30, fez um apelo à “mutirão” — ação conjunta e urgente — para que as nações acelerem suas metas climáticas.
- Enquanto isso, a ausência oficial dos EUA — maior emissor histórico — deixa uma lacuna simbólica e prática enorme nas negociações.
- Um grupo de cerca de 60 lideranças indígenas fez jornada simbólica dos Andes à Amazônia para evidenciar que os povos da floresta têm voz — e território — no centro desta COP.
- O documento “Call of Belém for the Climate”, lançado pela presidência brasileira, reforça que países devem apresentar metas mais ambiciosas (NDCs) e garantir meios de implementação — financiamento, tecnologia, capacitação.
A agenda tem quatro grandes vetores:
- Revisão e aumento de ambição das NDCs;
- Financiamento climático em escala — com meta de US$ 1,3 trilhão/ano até 2035 (“Roadmap Baku–Belém”).
- Transição justa e proteção de florestas tropicais — Amazônia em destaque.
- Inclusão de povos indígenas, adaptação, perdas & danos.
Se a COP30 fracassar, não será por culpa da Amazônia. Será por falta de vontade global — de entrega real, de investimento concreto, de justiça climática.
Eu, pessoalmente, aposto em Belém. Aposto na diplomacia brasileira — e na força que vem da floresta.
